sábado, outubro 21, 2006

O CORVO (de Edgar Allan Poe) para a Sara


Numa meia-noite agreste,quando eu lia,lento e triste,
Vagos,curiosos tomos de ciencias ancestrais,
E ja cause adormecia,ouvi o que parecia
O som de alguem que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita",disse para mim,"esta batendo a meus umbrais.
E so isto,e nada mais".

Ah,que bem disso me lembro!Era no frio dezembro,
E o fogo,morrendo negro,urtia sombras desiguais.
Como eu queria a madrugada,toda a noite aos livros dada
P´ra esquecer (em vao) a amada,hoje entre hostes celestiais-
Esse cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!


Como,a tremer frio e frouxo,cada reposteiro roxo
Me incutia,urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força,eu ia repetindo,
" E uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede em meus umbrais.
E so isto,e nada mais".

E,mais forte num instante,ja nem tardo ou hesitante,
"Senhor",eu disse,"ou senhora,decerto me desculpais,
Mas eu ia adormecendo,quando viestes batendo,
Tão levemente batendo,batendo por meus umbrais,
Qua mal ouvi..."E abri largos,franqueando os,meus umbrais.
Noite,noite e nada mais.

A treva enorme fitando,fiquei perdido receando,
Dubio e tais sonhos sonhando que os ninguem sonhou iguais.
Mas a noite era infinita,a paz profunda maldita,
E a unica palavara dita foi um nome cheio de ais-
Eu disse,o nome dela,e o eco disse aos meus ais.
Isso so e nada mais.

Para dentro então volvendo,toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo",disse eu,"aquela bulha e a minha janela.
Vamos ver o que esta nela,e o que são estes sinais."
Meu coração se distraia pesquisando estes sinais.
" E o vento,e nada mais".

Abri então a vidraça,e eis que,com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento,não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que ha por sobre meus umbrais,
Foi,pousou,e nada mais.


AUTOR: Nunobike

1 comentário:

Anónimo disse...

Morticia
Do outro lado ela vem
Usando roupas pretas,
O batom negro realsa seu rosto pálido
E os olhos brilham
Na vasta escuridão dos seus cabelos,
Mãos suaves de donzela
Mente negra que o sega.

Somente em noites sem luar
Caminha...
Sozinha...
Quieta como uma fada
Apreciando a melancolia ela vaga
Não olha para os lados
Não da atenção a chamados.

Segue seu caminho
Sem temer a morte
Mata demônios
Não acredita na sorte,
Destrói esse deus cristão
Que manipula teu pensamento
Subjulgando-se ser o senhor
Por algumas palavras talvez nunca ditas
Apenas escritas, em um novo testamento.

Praticando sabbaths
Manipula A Arte
No meio da floresta
Em seu altar
Bruxarias ela pratica.

Garota gótica
Ela volta a seu santuário
Onde ninguém a critica
Onde ninguém a olha
Onde esconde-se
De pensamentos terrenos
Ingênuos,
Tocando sua guitarra melancólica
Apreciando a luz do luar
E o frio polar
Do seu coração negro a sangrar