quinta-feira, dezembro 21, 2006

Um espaço afrodisíaco….


Num paraíso eu estava, porém, não tinha neste paraíso o meu homem, por esse motivo os meus dias decorriam cheios de melancolia…
Apenas o meu corpo desabrochava…
A minha pele com um tom de castanho-dourado…
O meu cabelo rebelde a correr-me pelas costas como uma cascata flamejante…
As minhas ancas adquiriram uma certa oscilação devida ao meu caminhar sobre a areia…
E um dia tu apareceste, quando o céu estava cheio de neblina e o sol se erguia em rubro, no meio do vapor, e no mar se viam ondas altas…e assim te vi como um demónio saído do inferno…alto, de ombros largos, sem pescoço, olhos alegres, e uma demoníaca barba negra, trazias na cintura um sortido de punhais e adagas e um alfange sobre um ombro, no momento que te contemplei senti um desejo a invadir-me num movimento felino de convite e de prazer…
No momento em que passava a minha língua pelos meus lábios, e olhas-te para mim sorriste e aproximaste-te, puxamos conversa… e em poucos minutos descobrimos que ambos sofríamos do mesmo mal…
E este mal era tão simples, e tinha apenas um nome, carência, continuamos a falar… e marcamos um jantar neste paraíso, e ambos sentimos que este lugar era muito afrodisíaco, tínhamos uma grande atracção um pelo outro, e nada nem ninguém podia nos tirar isso da mente…enquanto comíamos ovos e ostras com um pouco de queijo parmesão, acompanhado por uma bela alface, pepino e pimento, com umas boas doses de vinho do porto de 1870, um óptimo vinho onde ficamos a saboreá-lo e a sorrir um para o outro… senti-me novamente viva e alegre, senti-me desinibida e ele tinha um estimulo e físico que produziam um momento muito romântico…noutras palavras estávamos excitados….com o efeito da comida que era sem dúvida afrodisíaca e o maravilhoso vinho que nos acompanhava…
E assim puxaste-me e apertaste-me nos teus braços, estendo em segundos as mãos para as minhas nádegas, comprimindo-as suavemente e adaptando o meu corpo ao dele, tocaste-me os lábios no meu pescoço, murmurando que me amavas, no fundo eu também te amava, e ai soergueste-me até os meus braços te rodassem o pescoço e assim os meus olhos tão vão ao mesmo nível que os teus… e carpi que te amava… e só assim me beijaste profundamente, explorando a minha boca e com as tuas mãos fortes me acariciavas o corpo…
Depois começaste a beijar os meus cabelos, desabotoaste a minha camisa, e assim viste os meus seios e, disseste que eram quem nem luas quentes, desceste os teus lábios sobre os mamilos erectos, puxando-os docemente… tiraste me a seguir a mini-saia e logo a minha tanga… agora podias contemplar o meu corpo, e dizias que eu era linda apenas com o movimento das tuas mãos e os teus lábios, continuaste a explorar-me, deslizando as mãos ao longo das pernas, da curva dos joelhos, dos músculos das coxas, até chegar ao púbis… levantaste-te e prendeste me as nádegas com as mãos, acariciando o meu corpo firme que ia se apertando contra ti, no meu de tanta excitação gritei… para me penetrares, e assim o fizeste despistes rapidamente e estendeste-me no musgo macio, apertaste-me nos teus braços murmurando o meu nome, e pela primeira vez senti um prazer maravilhoso de ter um corpo, o teu corpo ao lado do meu, sem nada haver entre eles…
Passado um bocado, antes dele me penetrar, senti o meu cérebro a fundir-se com o teu, senti-me dentro do teu coração, da tua alma, como se fossemos apenas um, misturando-se na mesma secreta compreensão que não precisava de palavras, mas apenas suspiros indecifráveis, sussurros que faziam mover o meu corpo numa dança intima dirigida apenas a ele.
Só mais tarde me apercebi que tu sussurravas, murmuravas, gemias, enquanto sentíamos prazer, incitando-me, nunca deixando a sua mente afastar-se de mim, amando-me apenas a mim em cada momento e reconhecendo-me em cada toque.
Nunca tinha experimentado uma imensa onda de ternura e de afecto a invadir-me e percebi que nunca mais seria capaz de te deixar….

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