segunda-feira, julho 30, 2007

Escondi me de TI...


Sou mesmo egoísta!

As flores que surgem...

Dia após dia na minha campa.

Sei que és tu quem as deixa ficar.

A luz que ilumina a minha lapide...

Onde não conseguiste...

Escrever a tua despedida.

Sei que és tu quem as acende.

De cada vez que vais embora;

Já de costas voltada,

Surjo eu daquele buraco,

Escavado pelas minhas próprias mãos.

Choro o destino de não nos ter junto.

Habituei me a pedra fria...

E a luz do sol que penetra!

Por uma pequena frincha...

E me leva a escrever...

Loucuras sobre ti.

Sei que voltaras dia após dia...

Trazendo me o que de mais puro a no Mundo.

O perfume de uma flor...

E a luz quente da vela...

Que arde em memoria do nosso Amor

quinta-feira, julho 26, 2007

Glamour


Somente lindo o contraste das cores a sensualidade, mas simplesmente o gesto de tristeza e moleza afecta-nos a todos especialmente quando sofremos pelo mundo.

Esta obra de arte, transmite o desejo de todas as mulheres, que é obter o poder da sensualidade…ser sensual… no fundo torna-se um desejo pois os homens também gostam… no fundo torna-se um desespero para alcançar essa nítida ambição de adquirir a beleza da sensualidade!!!

Só que muitas mulheres que a procuram, sentem se devastadas por serem desprezadas em relação a algo tão belo….

Enquanto que aquelas que têm a sensualidade não a sabem utilizar decentemente ou simplesmente a vendem para o seu proveito… e quando isso acontece.. a sensualidade perde todo o gosto.

Mas nunca uma arte tão bela irá perder o interesse pois são frutos, desejos, invejas do nosso mundo transferidos numa arte realista e linda.

Nostalgia…


Puxaste-me para ti e eu agarrei-te com tanta força…
Com o corpo imediatamente colado a ti…
Tu inclinaste-te e começaste a beijar-me com paixão…
Ao que eu correspondia com o mesmo ardor…
Eu tremia, dominada pelo teu desejo a inundar todo o meu corpo…
Deitas-te me na areia e recomeçaste a beijar-me…
Tocaste me nos seios e acariciaste-os …
E eu emiti um pequeno gemido e meti os meus dedos
Entre o teu cabelo grosso e escuro… apalpava-te a cabeça…
Com a ponta dos dedos…
E perdemo-nos num desejo ardente, querendo ambos…
Apenas darem-se e receberem-se mutuamente.

De repente, os teus beijos cessaram bruscamente...
E soergueste-te apoiado num cotovelo e olhaste-me…
Com os olhos cheios de lágrimas que reflectiam a emoção…
Que passávamos…
Retribui o olhar e reconheci a ânsia e o desejo estampados nos teus belos olhos…
E agora compreendíamos que continuávamos muito apaixonados…

E assim tocaste me na boca com um dedo.
E inclinaste-te e pediste baixinho para eu me despir…

...


"Em lugar do desespero de uma vida para qual tudo se tornou vão, o homem descobre no eterno retorno a plenitude de uma existência ritmada pela alternância da criação e da destruição, da alegria e do sofrimento, do bem e do mal."

Nietzsche

Why?


Num mundo perdido estou…
Com a alma totalmente deplorável …
Tudo que está há minha volta parou…
E isso inclui o meu medo pelo impossível…

O nada aparece…
E eu não sei o que desejo…
Sinto-me a desaparecer…

Não posso chorar…
Visto que, já não tenho capacidade para ser sensível…
Mas consigo, ao menos gritar…
Parece uma actividade plausível…

Que farei…
Se não conseguir regressar…
Será que morrei…
Ou voltarei a chorar…

segunda-feira, julho 16, 2007

Uma Lágrima e um Adeus


Será possível ser-se tão insensível mediante os obstáculos que decorrem ao meu redor?
Tendo medo de amar e de ser desejada…
Tendo medo de ser observada e glorificada…
Ter medo de demonstrar a minha fraqueza…

Será humano ser tão fraca em relação ao mundo?
Pois acredito plenamente que nada vai mudar, visto que a mentalidade retrógrada mantém-se…

Pergunto vos o que melhoramos neste século?
Aprendemos a dizer adeus aos nossos medo…
A fugir dos nossos romances, porque não gostamos de sofrer…
Conseguimos mentir sem nos sentirmos culpados, pois a mentira é sempre aceite ao contrário da verdade…

Será humano desejar ver o desgosto das almas que nos rodeiam?

Parece mentira mas contemplo várias mentes que adoram ver pessoas a chorar…
Porém quando lhes dizemos adeus, elas não o aceitam…
Porque ninguém gosta de ser rejeitado, abandonado…

Será que para sermos felizes necessitamos de ver a fragilidade humana, prostrada em lágrimas e gritos?

Será que a minha satisfação em dizer deus é vossa angústia por nunca mais me verem?

Será que ainda serão felizes com uma lágrima e permanecerão infelizes com um adeus?
Quantos sobreviverão?

domingo, julho 15, 2007

O Sepulcro e a Rosa


O sepulcro diz à rosa

Que fazes tu flor mimosa

Do orvalho da alva manhã?

Diz a rosa à sepultura: Que fazes feia negrura de tanta forma louça?

Negra tumba, segue a rosa

Eu, dessa água preciosa

Faço aroma que é só meu.

Diz-lhe a tumba com afago de cada corpo que trago

Ressurge um anjo no céu.

Victor Hugo

quinta-feira, julho 05, 2007

Ás vezes...


O amor é assim melancólico...
Sem muita diversidade...
Apenas um amor puro....
Entre as tristezas do nosso mundo...

domingo, julho 01, 2007

Atracções de Verão


Conheci-te numa praia…
Um dia ameno e lindo…
Olhamo-nos e sorrimos como se nos conhecêssemos a milénios…
Mesmo assim nenhum de nós deu o primeiro passo…
E fui me embora…

No dia seguinte vi-te na Serra de Sintra com um belo livro…
Os nossos olhos se cruzaram e tive a coragem de sorrir para ti…
Levantaste-te e perguntaste-me se não queria sentar-me a teu lado…
A minha resposta foi tão doce que nem me reconheci…
E assim ficamos sentados lado a lado, a ler e a beber coca-cola…
Quando terminamos de ler….
Conversamos sobre os nossos livros, sobre o mundo, sobre a nossa vida, sobre amores proibidos, sobre os nossos projectos para o futuro….
Falamos tanto tempo que nem demos pelas horas a passar…
E ao fim de 7horas de conversa, trocamos números….
E combinamos nos ver noutro dia…

Encontramo-nos em Belém…
Onde passeamos na margem do Rio Tejo…
Não sei se foi a paisagem, ambos sentimos vontade de dar as mãos…
Meio envergonhado….
Sorriste-me e beijaste-me….
E assim, meus lábios devoraste como se eu fosse uma tablete de chocolate com amêndoas….
Ofegantes ficamos e com um mero brilho nos olhos…
Sitiamo-nos como dois jovens rebeldes….
Os nossos corações palpitavam e as nossas mãos grudavam-se tanto…
Não conseguíamos controlar o impulso de nos beijarmos….

Em poucos minutos já me mordias o pescoço como se fosses um vampiro que desespera por um pouco de sangue…
Abraçaste-me como se não houvesse mais vida ao nosso redor…
Confesso que adorei esta tarde…
Honrei ser amada, mesmo que tenha sido apenas uma semana de loucuras…

Dizes que sou fria…


Como posso amar ou mesmo chorar….
Por algo que não conheço e não quero conhecer…
Como posso dizer que suspiro por ti…
Se não te vejo nem te beijo…
Como posso declamar…
Se não tenho hipótese de sorrir para quem diz que me ama…
Como te posso amar se és um fantasma que entra no meu peito sem deixar uma única impressão…
Não sei quem és meu adorado amado…
Por isso não te escondas nas minhas palavras, mas sim no meu coração…